Jubileu no mundo: padre Arlei Pivetta, “Esperar na graça de Deus”

22 de agosto de 2025

Padre Arlei Pivetta durante o curso de formação contínua em Roma, maio de 2025. Foto: Jaime C. Patias

Dando continuidade à série “Jubileu no Mundo”, neste vídeo, o missionário da Consolata brasileiro, padre Arlei Pivetta, 50 anos, partilha alguns aspectos da sua vida e missão no marco do Jubileu da Esperança e do seu Jubileu sacerdotal, 25 anos de ordenação.

Por Jaime C. Patias *

Originário de Dr. Maurício Cardoso no Rio Grande do Sul e atuando em Boa Vista, Roraima, o religioso participou do curso de formação continuada realizado em Roma no mês de maio.

“Desde a minha infância eu sonhava ser missionário da Consolata. Na minha casa sempre chegava a ‘revista Missões’ na qual eu lia sobre os trabalhos dos missionários no mundo”, conta o padre Arlei. Aos 14 anos ingressou no seminário médio em Erexim (RS). Cursou filosofia em Curitiba (PR), fez o ano de Noviciado em Buenos Aires na Argentina e os estudos de teologia em São Paulo. Foi ordenado padre, dia 6 de janeiro de 2001.

“Foi uma caminhada longa, mas com muita fé, coragem e determinação. Em 2001 celebramos o Centenário da fundação do Instituto Missões Consolata. E eu fui o primeiro padre da Consolata ordenado naquele ano. Em 2026 vou celebrar o Jubileu de 25 anos de ordenação. Será o Centenário da morte do Fundador, São José Allamano (16 de fevereiro de 1926 – 2026). Não vejo isso como uma coincidência, mas como providência da graça de Deus”, observa padre Arlei. “Estamos no ano 2025, no Jubileu da Esperança e nós que celebramos 25 anos de ordenação e/ou profissão perpétua, estamos fazendo este encontro em Roma”.

Sobre a palavra “esperança”, o religioso recorda que deriva do verbo “esperar” e diz: “Não esperar parado, mas esperar na graça de Deus. Paulo Freire já falava que o verbo esperar é ‘esperançar’ indicando que devemos fazer a nossa parte, ou seja, esperar em Deus e fazer a nossa parte. Deus faz a dele e cada um faz a sua”.

Os participantes do curso de atualização na Casa Geral IMC em Roma.

Moçambique

Depois da ordenação, padre Arlei foi enviado para Moçambique onde trabalhos por 13 anos. Regressou ao Brasil e atuou em Cascavel (PR) e há 3 anos e se encontra em Boa Vista (RR). “Um trabalho de coragem, determinação e confiança. Alguma vezes posso ter falhado, mas sempre tenho buscado fazer o melhor no serviço da evangelização. O meu desejo é continuar”. Aos jovens, padre Arlei deseja coragem de dizer “sim”. “Jesus mandou e deu a sua missão, o seu legado. Cada um de nós ao passar pela vida do outro neste mundo, deve se dedicar e deixar o seu legado”, afirma.

“Um elemento que aprendi desde os estudos da teologia é escutar. Por isso, o sacramento que celebro com maior carinho e atenção é o da Confissão. Atender as pessoas, dar tempo para que se abrirem. Dizem os especialistas que estamos no século da comunicação. Eu diria que estamos no século da informação onde todo mundo fala, mas poucos estão dispostos a ouvir. Comunicar é ouvir e ser ouvido. Que Deus nos ajude a caminhar sempre no caminho do bem”.

Sobre a missão vivida em Moçambique, padre Arlei destaca um fato experienciado no ano 2002, no dia 4 de outubro quando o País celebrava 10 anos dos acordos de paz, depois de uma guerra civil que matou mais de 1 milhão de pessoas. “Estar em Moçambique depois de 10 anos de paz e ver o progresso de paz feita no País. Hoje a paz é tão necessária. O Papa Francisco falava de paz, o Papa Leão XIV fala de paz. Que todos nós no mundo sejamos unidos para que haja sempre mais paz no coração e paz na humanidade”.

* Padre Jaime C. Patias, IMC, Secretariado Geral para Comunicação.

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