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Entrevista

Diretamente do Uzbequistão, missionária será colunista do novo Portal da Família Consolata

Andrea Carvalho fala com exclusividade à revista Missões, sobre sua primeira missão ad gentes.

Por Redação

A missionária da Consolata, Andrea Carvalho, em entrevista exclusiva à revista Missões, fala sobre seu trabalho no Uzbequistão, sua primeira missão ad gentes, ou seja, além-fronteiras.

Agora também colunista do novo portal da Família Consolata, Andrea acredita que a maioria dos jovens está presente de maneira ativa nas redes sociais, tanto buscando visibilidade, como as respostas para as próprias dúvidas ou dificuldades. E por tudo isso tem um grande desejo de influenciar de maneira positiva esses jovens para que percebam a importância de se entregar a Deus, como ela se entregou. Isso exige responsabilidade, disciplina e santidade, ou seja, um bom testemunho.

Veja também nesta edição o testemunho de Irmã Andrea, onde ela conta um pouco mais sobre o país em que está vivendo, o Uzbequistão, no leste europeu, que pertencia à antiga União Soviética.

Irmã Andrea, você como jovem missionária da Consolata, trabalhando num país tão diferente - Uzbequistão - o que gostaria de expressar aos leitores ou ouvintes sobre os desafios da Missão? Suas primeiras impressões do país e da cultura?

Primeiramente quero agradecer a Deus pelo dom da nossa Família Consolata que permitiu que eu chegasse até aqui. Aos nossos caros leitores e ouvintes quero que saibam que a missão é muito desafiante, principalmente em relação aos nossos paroquianos que rezaram muito para que pudéssemos vir morar aqui. Sinto-me como Moisés que tira as suas sandálias e faz a experiência com Deus que diz: “Eu vi, eu vi a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi os seus clamores por causa de seus opressores. Sim, eu conheço seus sofrimentos” (Ex 3,7). Nós também estamos entrando com os pés descalços nesta realidade, fazendo tesouro dos valores deste povo como: a acolhida, a hospitalidade, a família e o trabalho. Sabemos que a nossa presença é uma resposta de Deus a este pequeno rebanho de Urgench que quer continuar a servir o Senhor e espera nele sem reservas. Por isso peço a você que nos acompanha de rezar por nós e pela Paróquia de Nossa Senhora da Misericórdia, para que continuemos a crescer no conhecimento de Deus e em santidade, fazendo Jesus conhecido através do nosso testemunho de vida.

O que pesou na sua escolha ao optar por ser missionária da Consolata? 

Com certeza a primeira coisa que me fez pensar bastante é a questão de sermos missionárias ad gentes, isto é, que a possibilidade de estar fora do nosso país e do nosso continente por toda a vida é quase uma certeza. Confesso que também foi um dos elementos que mais me chamou a atenção quando escutei pela primeira vez o testemunho de uma das nossas irmãs, mas não é fácil pensar em fazer esta opção você mesma. Com o tempo entendi que esta é uma das graças maiores que Deus nos concede através da nossa vocação.

Acha que o jovem de hoje escuta a Deus? Percebe o chamado? Como foi com você?

Eu acredito que sim! Escutar é fácil, mas na minha pequena experiência acompanhando os jovens, o problema está em não conseguir tomar decisões mais sérias, ligadas a grandes responsabilidades e acabam tentando abafar a voz de Deus, pois Ele sempre nos pede coisas grandes, exigindo de nós uma decisão total e contínua na caminhada. Para mim não foi diferente, por isso entendi muito bem o que Santo Agostinho viveu, até dizer que o Senhor “rompeu a sua surdez”. Esta surdez muitas vezes é consciente, mas Deus não nos abandona, está sempre nos “incomodando”... (risos)

Acredita que os meios de comunicação, principalmente as redes sociais, influenciam na vocação dos jovens de hoje? Ao se tornar colunista do novo site da Família Consolata, pensa que pode estar influenciando ou ajudando no discernimento vocacional de algum jovem?

Eu tenho certeza! A maioria dos jovens está presente de maneira ativa nas redes sociais, tanto buscando a visibilidade como as respostas para as próprias dúvidas ou dificuldades. Sinceramente este é o meu maior desejo, influenciar de maneira positiva através destes meios que para mim são de muita importância hoje, claro que esta é também uma grande responsabilidade, exigindo de mim disciplina, santidade e bom testemunho. Espero que você que acompanha a nossa Família Consolata e está lendo ou ouvindo esta entrevista, nos ajude a melhorar cada vez mais o nosso modo de evangelizar de maneira autêntica e realista, comentando e rezando por nós! Agradeço imensamente por esta oportunidade de estar aqui e partilhar um pouquinho da minha experiência. Que Deus e nossa Mãe Consolata abençoem a todos nós com as graças necessárias para bem servir e amar nosso Deus. Um grande abraço consolatino!

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