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Editorial

Contemplar, caminhar e anunciar

Entre a contemplação agradecida, o entusiasmo da juventude e o mistério que se faz carne, esta edição da Revista Missões nos convida a percorrer um caminho profundamente consolatino: acolher a luz de Deus que consola, chama e envia.

A figura de São José Allamano nos conduz às fontes do nosso carisma. Homem inteiramente moldado pela intimidade com Deus e pela confiança filial em Maria, ele viveu sob o olhar da Consolata como filho predileto, encontrando nela força, serenidade e fidelidade para cada passo da missão. Mais do que um nome, Allamano nos entregou uma Mãe. Sua vida, agora reconhecida pela Igreja na santidade, continua a nos recordar que a missão nasce da contemplação e se sustenta na obediência amorosa à vontade de Deus.

Essa herança viva encontra eco no rosto jovem da Igreja, apresentado na experiência do Dia Nacional da Juventude. Ali, celebrando Cristo Rei do Universo, vimos uma juventude que não apenas participa, mas protagoniza; que questiona, sonha e se dispõe a discernir o próprio caminho à luz do Evangelho. Os jovens são a esperança do hoje porque trazem consigo a coragem do recomeço, a abertura ao novo e a disponibilidade para servir. Onde os jovens assumem seu lugar, a Igreja se renova e o Reino se torna visível.

É nesse horizonte que o Natal se revela não como decoração, mas como acontecimento transformador. O Deus que nasce em Belém não vem enfeitar o mundo, mas recriá-lo. Sua luz não é fabricada, é acolhida; não brilha por artifício, mas pela vulnerabilidade do amor que se entrega. No Menino da manjedoura reconhecemos o mesmo Deus que consolou Allamano, que chama os jovens hoje e que continua a visitar a história com esperança teimosa e fiel.

O Natal nos recorda que Deus acredita na humanidade e aposta novamente em nós. Ele entra no silêncio, na fragilidade e nas sombras para acender uma luz que transforma por dentro. É essa luz que sustenta a missão, que reacende a esperança e que nos envia, como Consolatinos, a sermos sinais de consolação num mundo tantas vezes ferido.

Que esta edição da Missões nos ajude a contemplar, como Allamano, sob o olhar da Consolata; a caminhar, com a juventude, na alegria do Evangelho; e a acolher, no Natal, o Deus que nasce todos os dias quando lhe abrimos o coração. Assim, renovados na fé, sigamos sendo Igreja viva, profética, missionária e em saída, levando a luz que não se fabrica, mas se partilha.

Apreciem ainda as reflexões feitas sobre a COP30, a não necessidade de Usinas Nucleares no Brasil e no mundo, o Ano Novo no Uzbequistão e o testemunho de Irmã Isabel. São sinais do Reino no meio de nós.

Desejamos um Feliz e Santo Natal e um abençoado 2026! Juntos na Missão! Boa leitura!

Capa da Edição

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